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O doutor benignus

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Há 145 anos, O Doutor Benignus, obra-prima de Augusto Emílio Zaluar, foi publicado no jornal O Globo e logo depois em dois volumes, abrindo as portas para o desenvolvimento da literatura de ficção científica no Brasil.

“O Dr. Benignus foi, na literatura nacional, o primeiro ensaio do romance científico ou instrutivo, nobre empresa literária cometida pelo estimado poeta e escritor, o Sr. Augusto Emílio Zaluar. Em O Dr. Benignus, o Sr. Zaluar trilhou o mesmo caminho que, com tão grande vantagem, tem seguido Júlio Verne, que o iniciou, e cujo futuro auspicioso alguns críticos têm augurado, (…) destinados a moldar e enfeitar as estantes dos bibliomaníacos” – O Globo, julho e outubro de 1875.

“O doutor Benignus é uma obra engajada politicamente, que defende o conhecimento científico como forma de chegar ao progresso e de construir a identidade do país.” – Lucas de Melo Andrade.

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Médico e estudioso das ciências naturais, Benignus escandalizou a sociedade do século XIX ao comunicar sua partida para uma fazenda no interior. “E o que pretendeis fazer de seus filhos, quando chegarem à idade da puberdade, criados longe de todo o contato social?”, perguntaram, ao que o doutor respondeu com um sorriso: “Casá-los! O mais velho com o planeta Vênus, o segundo com a estrela polar, e o Juca, que é mais moço, com a Lua!”.

Assim, toda a família partiu para a vida pacata do interior, de onde se iniciaria uma viagem científica pelo interior do Brasil. O romance de Zaluar é uma obra de inspiração verniana, tendo como plano de fundo a divulgação científica e o conhecimento da riquíssima natureza brasileira. Seu objetivo? Encontrar vestígios atestadores da suposta existência de vida no Sol e estabelecer uma comunicação com as outras humanidades que povoam o universo.

Primeiro romance do gênero de ficção científica do Brasil e da América Latina, na época chamado de “romance científico ou instrutivo”, O Doutor Benignus teve sua estreia em um jornal de Vassouras e foi publicado, no ano seguinte, em 1875, no jornal O Globo, recebendo inúmero elogios e abrindo caminho para o desenvolvimento de uma literatura de ficção científica brasileira e da própria divulgação da ciência e das últimas descobertas de sua época para a população.

Nesta edição, a obra de importância histórica recebe uma produção primorosa, cotejada com a edição de 1875, publicada no jornal O Globo, arte de capa assinada por Diego Max, ilustrações internas de artistas franceses do século XIX, prefácio de Elton Furlanetto, posfácio de Lucas de Melo Andrade, acabamento brochura com orelhas e páginas amareladas para uma excelente leitura. “A mulher de pedra”, conto de Simone Saueressig, faz a abertura da obra.

 

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  • Edição cotejada com a publicação de 1875;
  • Prefácio de Elton Furlanetto, professor universitário e editor da revista Fantástika 451;
  • Posfácio de Lucas de Melo Andrade, professor de História do IFPR;
  • Conto de abertura exclusivo de Simone Saueressig, “A mulher de pedra”;
  • Artes de capa e contracapa assinadas por Diego Max;
  • Ilustrações internas de artistas franceses do século XIX;
  • Brochura 16×23 cm com orelhas;
  • Papel Avena ou Polén 80g;
  • Marca-página exclusivo.

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doutor-benignus-8Augusto Emílio Zaluar nasceu em Lisboa, Portugal, em 14 de fevereiro de 1826, veio para o Brasil em 1849 e naturalizou-se brasileiro seis anos depois. Os fatos que o obrigaram a deixar sua pátria e se estabelecer no Brasil ainda não foram totalmente esclarecidos, mas suspeita-se de questões políticas. Era ainda jovem, com apenas 24 anos.

Em suas cartas, é possível perceber a saudade que sentia por sua terra natal e o desejo de regressar, algo que nunca aconteceu, talvez pelo motivo de sua vinda ao Brasil, ou talvez por motivos financeiros. Augusto casou-se e teve três filhos no Brasil, portanto, para que toda a família regressasse a Portugal seria necessária uma grande quantia de dinheiro.

No Brasil, fundou o jornal Espelho, escreveu para o jornal O Álbum Semanal, para O Globo e foi criador e diretor de O Vulgarisador: Jornal dos conhecimentos uteis, que circulou de 1877 a 1880, com o objetivo de divulgar os conhecimentos científicos para a população, apresentando com temas as inovações tecnológicas e as ciências, sem, contudo, esquecer-se da literatura.

O escritor não escondia sua admiração pelas obras de Júlio Verne, que lhe serviram de inspiração para a criação de O Doutor Benignus (1875), considerada o primeiro romance de ficção científica do Brasil.

Faleceu em 3 de abril de 1882, no Rio de Janeiro, com 56 anos. Zaluar foi escritor, poeta, jornalista e tradutor. Seus escritos estenderam-se para diversas áreas e interesses, de política à literatura, consagrando-o como um dos intelectuais mais importantes de sua época.

Leia o primeiro capítulo

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